quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Diz que é uma espécie de aclamação

Dentro do tema, mas sem comparações, diria que Os Contemporâneos conseguem, definitivamente, marcar o seu espaço e qualidade. Mesmo não tendo o melhor dos tratamentos ou, vá, destaque, dentro da RTP1, a verdade é que quem os queira e tenha seguido é premiado com um humor actual, misto entre crítica social e non-sense puro (vejam isto).

Note-se que o Bruno Nogueira surgiu no panorama nacional com a nova leva de cómicos stand-up e tem-se revelado, na sua tenra idade, um sério candidato a génio. Tem conseguido evoluir e criar a sua identidade própria, sem medo de arriscar (o famoso “senhor do bolo” podia não ter corrido tão bem), sempre atento a tudo o que se passa à sua volta, sempre com apontamentos de grande inteligência e perspicácia.

Sabendo que não só dele vive o programa (e ainda bem), os contemporâneos são, na verdade, uma equipa fantástica, da qual eu destaco um genial Markl na escrita (que muita gente possivelmente ignora ser o autor de autênticas pérolas ainda do tempo do Herman Enciclopédia – ou achavam que o Herman é que escrevia e representava tudo?) e um Nuno Lopes e Maria Rueff fabulosos na arte da representação.

Tenho, sinceramente, pena que este país seja tão pequeno e viva tanto de modas, caso contrário estes seriam, neste momento, os heróis da comédia nacional, com todo o mérito.


Para quem eventualmente ainda não conheça, aqui ficam os blogs: o do bruno e o do markl.