quarta-feira, 8 de abril de 2009

Exma. Sra. Tranquilidade,

Venho por este meio informá-la de algo que a minha pessoa, na sua simplicidade, sentido prático e crença na boa vontade da Humanidade em geral e de alguns de nós em particular, julgava ser óbvio, mas que agora entendo não o ser, pelo menos para a Sra. Tranquilidade.

Serve, então, o presente para transmitir-lhe o facto de que o NIB da minha conta bancária que a Sra. Tranquilidade usa regularmente, sem atrasos nem desvios, para tirar dela (da minha conta bancária) o valor devido das prestações que acordámos, serve também, espante-se!, para nela (na minha conta bancária) depositar o valor que a Sra. Tranquilidade, pontualmente, me deve. Não entendo portanto, dadas tantas facilidades oferecidas pelo nosso magnífico sistema bancário, o porquê de ter eu de me deslocar a uma delegação sua para receber a sua dívida para comigo, quando não se desloca a Sra. Tranquilidade à minha casa para receber a minha dívida para consigo.

Numa linguagem mais popular, só para insistir na tentativa de a fazer entender o meu ponto de vista, dir-lhe-ia que a minha conta bancária tem um “V” de “Vai” e, espante-se!, um “V” de “Volta”.

Sem outro assunto de momento, despeço-me com (relativa) amizade.