Passeios pela capital

Num dia de Domingo, faz de conta que foi hoje, vá, seguia eu pacatamente, na minha postura de cidadã respeitadora, dentro do meu Belchior (tenho a estúpida mania de dar nomes às coisas), a ouvir a minha musiquinha, de cinto posto, à velocidade permitida e a respeitar os sinais de trânsito.
Surgem três Audis, topo de gama, pretos, de vidros fumados. Era óbvio que aquilo era gente do Mal que lá vinha. A gente do Bem, ao Domingo, anda de bicicleta na Baixa entre as 10h e as 17h, toda a gente sabe disso.
Aproximam-se de mim, os três Audis, topo de gama, pretos, de vidros fumados. Viram à esquerda numa faixa que obriga a seguir em frente. Seguem numa faixa de bus, com a faixa de rodagem comum vazia. Passam um sinal vermelho sem sequer travar para garantir que não se vão cruzar com alguém.

Não tenho dúvidas de que era o Bin Laden. Ou o Bush Júnior. Ou o presidente da ASAE. Ou o árbitro do último Benfica-Sporting. Isso ou o Lex Luthor.

PS - Para os que puseram essa hipótese, o Duende Verde já me disse que só ataca nos países desenvolvidos e a Bruxa Má diz que não era ela porque passou a andar de vassoura que o preço da gasolina 'tá que não se pode!