terça-feira, 4 de abril de 2006

Poli Tiquices (outra vez)

Pois é.. não aguentei.. até consegui engolir uma série de coisas, mas o problema é que existe neste país uma ilha ali algures num oceano e nessa ilha existem muitas pessoas atrasadas mentais, encabeçadas por uma que me dá conta do sistema nervoso: Alberto João Jardim.
Por um lado, verdade seja dita, bendita seja a referida ilha que assim nos permite só termos de gramar com ele – o Alberto – pela televisão e num ou noutro congresso do PSD (parece que os da dita ilha até gostam dele o suficiente para o manter no poder anos a fio..). Nem quero pensar como seria se ele vivesse no continente..!
Ora então, porque as suas alarvidades não acabam (suas e dos seus bem treinados discípulos, que infelizmente os há), aqui fica um apanhado daquilo que se passa em pleno Parlamento Regional:


- Em 1994 comemoraram-se os 20 anos da Revolução e o PSD entendeu fazer as comemorações no dia 26 e não no 25 de Abril. Em resposta, a oposição apagou a luz da sala de imprensa e os deputados (todos excepto os do PSD) cantaram Grândola Vila Morena às escuras. No plenário, Jardim ficou a falar para o PSD;

- Há uns anos, Jaime Ramos disse que o grupo parlamentar do PS era constituído por “seis burros e uma cabra”. Em Dezembro de 2004, Jacinto Serrão (presidente do PS-Madeira) acasou Jardim de fazer um discurso para “adormecer rinocerontes”. Jaime Ramos chamou-lhe “burro”. Jacinto respondeu com “Jaiminho, cuidado. Se entras pela zoologia ainda vais parar ao jardim zoológico.” Jaiminho, picado, retorquiu com “malandro”, “burro” e “aldrabão”. Serrão voltou a responder: “Antes de vires para o poder andavas a vender sifões de retretes, como é que és milionário em dez anos?”. Teve mesmo de ser o presidente da Assembleia a acalmar os ânimos para que as ofensas não passassem de verbais;

- Há algum tempo, Alberto João Jardim, referindo-se aos deputados da UDP, confessou estar farto de aturar “um boi coxo e uma vaca vesga”;

- Em Novembro de 2005 Jaime Ramos chamou “chulo” a Paulo Martins (deputado do Bloco de Esquerda);

- Paulo Martins (incapacitado de uma perna) disse acerca do aumento significativo das verbas que PSD e PS recebem através de orçamento da Assembleia Legislativa “Uma negociata imoral, eticamente reprovável e injustificável aos olhos da população madeirense”. Óscar Fernandes, do PSD, considerando a iniciativa do Bloco uma povocação, respondeu-lhe “Quem nasceu para lagartixa nunca chega a jacaré”. Acrescentou ainda a propósito do regresso de Martins após o seu anúnicio de retirada “É como um jogador que, depois de feita a despedida, volta. É sempre um erro! E mais: volta aqui e entrou com o seu pé esquerdo que, se calhar, é o seu melhor pé!”;

- Fernão Freitas, deputado do PS, chamou “retornado” a Francisco Santos (nascido em Moçambique). Este respondeu-lhe “Ó senhor deputado, apesar da sua cor, nunca lhe perguntei de onde vinha nem de que país era!”. Fernão Freitas, tido como bastante sensível à cor da pele, quis resolver as coisas “lá fora”;

- Há poucos meses um operador de câmara de um canal de televisão foi forçado a abandonar o plenário porque trazia calças de ganga e ténis. O presidente da Assembleia Miguel Mendonça fez questão de suspender a sessão para repreender publicamente o dito repórter, justificando que se tratava de um desrespeito à instituição. Houve quem louvasse a sua boa visão, lamentando porém a sua surdez para com as indignidades proferidas pelos que vestem fato e gravata;

- João Carlos Gouveia apontou ao magistrados do Ministério Público responsabilidades na “negligência, laxismo, favorecimento e cobardia” que permitem a uma minoria, “criminosa e oligárquica”, manter um contrlo total sobre as instituições madeirenses. O PSD, em plena Assembleia Legislativa, requereu uma avaliação das capacidades mentais do deputado;

- Em diferentes ocasiões, Jardim proferiu que as forças armadas “perderam a masculinidade”, declarou “morte aos comunas”, classificou o PS como “bandos de canalhas”, a JS como “rafeira” e “pata rapada”, chamou Mário Soares de “aldrabão reincidente”. Declarou ainda, há uns anos, que alguns indivíduos mereciam estar excluídos do Estado de Direito, sendo-lhes aplicados “os castigos corporais dos colégios ingleses”. De si mesmo diz “Costumo dizer, a brincar, que sou uma velha meretriz e que já perdi a vergonha.”

A vergonha e não só.. Nem precisava de dizer o óbvio!

1 inputs:

esquizoide disse...

tens toda a razao, mas o Jardim tb tem razao com relaçao ao Mário Soares... nunca vi nenhuma descrição tão "becoming"... (ou isso ou o meu ódio perene pelo dito senhor)