Tintin

O problema de nos chatearmos com alguém que conhecemos como a palma da nossa mão é que já sabemos como a conversa vai começar e como vai acabar (sabendo também todos os pontos por onde vai obrigatoriamente passar). Os argumentos repetem-se e a mensagem perde-se nas teimosias mútuas. Era mais prático escrever tudo num papel e pendurar na testa. Depois era só assumir o compromisso de passar no mínimo 2h a olhar para tudo o que tinha sido escrito no papel da testa do outro. Mesmo que tudo ficasse na mesma, evitavam-se os insultos gratuitos, as expressões mais infelizes e os vários tons de voz (sempre sarcásticos e destrutivos).

Pior que lidar com todos os teus encalhos para com a minha pessoa, é saber a sua origem e não poder dizer-to porque tu não queres saber isso. Eu até já tentei.. mas vejo que em vão..

Como é que depois de tantos anos ainda me consegues irritar tanto com pequenos nadas, para passados uns dias voltar tudo a estar bem e sermos o pilar um do outro?

Apetece-me bater-te. Sim?

I’d die in your arms if you were dead too
Here comes a lie: we will always be true