domingo, 9 de setembro de 2012

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Austeridade
Jornal de Negócios diz que perda de salários pode ser maior
08.09.2012 - 21:21 Por PÚBLICO

Afinal os cortes anunciados na sexta-feira pelo primeiro-ministro podem representar a perda de até dois salários líquidos para os privados e de até três para os funcionários públicos, de acordo com as contas feitas pelo Jornal de Negócios. O Ministério das Finanças disse ao PÚBLICO que se trata de um "mero exercício especulativo", desmentindo as conclusões.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro anunciou o aumento da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social, que passará dos actuais 11% para 18%. Na prática, segundo o Governo, os trabalhadores do sector privado perdem o equivalente a um dos subsídios. Já os trabalhadores do sector público perdem automaticamente um dos subsídios e ainda descontam mais 7 pontos percentuais para a Segurança Social, pelo que na prática perdem o equivalente aos dois subsídios que lhes tinham sido cortados este ano. Para os pensionistas e reformados, o corte dos subsídios de Natal e de férias mantém-se.

As contas do mesmo jornal indicam que todos os funcionários, seja do sector público ou privado, vão ter em 2013 um corte no vencimento que será superior à perda de um dos subsídios. Os funcionários públicos perdem um dos subsídios e vão ver o que resta distribuído pelos 12 meses de vencimento, mas como passam a descontar 18% para a Segurança Social perdem na prática esse valor diluído nos 12 meses. O problema é que em termos de IRS o facto de ao longo dos 12 meses receberem mais pode fazer com que mudem de escalão de IRS.

Na declaração que fez ao país, o primeiro-ministro não esclareceu que o aumento do desconto para a Segurança Social é calculado com base no salário bruto mas descontado no salário líquido. Assim, quanto mais alto é o salário, maior é a percentagem que se retira ao valor bruto.


in Público Online