sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Milestone

Acordei com o sentimento claro de que seria mais um dia normal. O anterior, como muitos outros, não tinha tido vislumbre de extraordinário, pelo que, na minha (já) clássica metodologia de baixar a fasquia rente ao chão onde até tropeçar é difícil, não julguei que neste tivesse momentos para grande memória futura.

O automatismo das coisas combinadas não trouxe qualquer sobressalto, à excepção daquele engano no caminho, na verdade já esperado, pelo que nem isso surpreendeu.

Ao almoço, um ramo de flores e um sorriso que, sem mais nada, me encheram o dia. Há coisas simples, de facto, e é certeza cada vez mais absoluta que o mais simples provém unicamente do verdadeiro amor. Qualquer forma de amor, desde que o verdadeiro.

Um perfeito arroz de tomate e várias folhas assinadas depois, e estava cumprida a missão do dia. Seguiram-se explicações, trocas, pagamentos, sorrisos e algum cheiro a borracha queimada.

Pela noite, o jantar que não era para ser foi e foi o melhor de sempre. Ainda bem. Tudo acontece por um motivo e o não acontecer também é um acontecimento. Um serão de alguns martinis e muita conversa fiada a mostrar o que mais quero mudar em mim e tenho material para rir, chorar, pensar, concluir, aprender e, acima de tudo, viver.