quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Super (super) avozinha ou o assalto que nunca o foi




Muitas, diversas e distintas coisas se me apraz dizer acerca deste acontecimento.

Em primeiro lugar, notar a imensa bananice [não encontrei melhor palavra, embora, em verdade, esta junção de letras não seja oficialmente uma palavra] deste gang de seis aves raras cuja vida só pode ser uma pasmaceira para nenhum dos seis ter melhor coisa que fazer do que ir assaltar uma ourivesaria (que é feito do beber “jolas” no pub ao lado de casa?)

Em segundo lugar, notar a extraordinária… como dizer? bananice [para não-palavra até é muito jeitosinha!] daquelas três aves raras que nem um risco devem ter feito nas montras das lojas (será que eles fizeram selecção entre os seis para quais os três melhores a partir vidros ou aquilo foi à sorte e há ali um ou outro pé frio?).

Depois, realçar a magnífica bananice [de facto serve para tudo] das outras três aves raras, a postos para uma fuga deveras mal estudada e ainda assim incapazes de lá irem dar uma mãozinha para partir a bodega do vidro (uma racha que fosse!).

Referir também a sublime bananice [é que gostei mesmo!] de cometer um assalto com uma vespa novinha e a brilhar, pondo-lhe a cereja no topo do bolo ao conseguir ser o único banana a deixar cair a mota no chão ao tentar fugir (os teus paizinhos devem ficar muito contentes por terem de a ficar a pagar enquanto tu comes e dormes à conta lá na prisão do sítio).

Destacar ainda a triste bananice [e fica bem com qualquer adjectivo!] de nenhuma daquelas seis (seis!) aves raras ter tido a ideia de planear melhor o pseudo-assalto (aquilo mesmo que corresse bem ia correr mal). Imagino os seis juntos algures no tempo e provavelmente num pub e um a dizer qualquer coisa como “olha, man (que eles são ingleses), agarramos nuns martemos e tal e vamos partir as montras de uma ourivesaria boa, mas assim daquelas grandes, internacionais, e levamos as motas para termos os capacetes a tapar a cara e fugirmos depressa sem termos de estacionar e depois vamos comer fish ‘n chips?”. E alguém, no meio das restantes provas vivas da inépcia cerebral, terá dito “Lets!” (que é “bora” em british, que eles são muito educados e não usam coisas como “right on dude” como os parvos dos americanos).

Apontar ainda nesta esplendorosa bananice [se a usarmos vezes suficientes acho que se torna mesmo uma palavra!] o facto de, não bastando não terem feito um risquinho que fosse na montra da loja, terem levado uma coça da avó de um qualquer conhecido deles (aquilo é uma ilha, todos se conhecem!) e terem sido apanhados em flagrante pela população e polícia, ainda tiveram o azar de haver um paspalho que se deu ao trabalho de gravar tudo em vídeo (mas ir lá pará-los ou ajudar a avozinha ‘tá quieto, né?) e espalhar a vergonha por todo o mundo. Estou a adivinhar uns primeiros tempos na prisão cheios de gargalhadas (e mais uma ou outra coisa que não vale a pena descrever).

Por fim, indagar se alguém saberá onde se vendem malas daquelas (ou velhotas, se houver o pacote com tudo incluído) porque quero andar sempre com uma.. Mas qual gás pimenta!..