terça-feira, 23 de junho de 2009

Eu assino por baixo

«”Foda-se! Foda-se! Foda-se!” O “f” é arrastado como o bufar de um gato assanhado e a língua fica encostada aos dentes antes de explodir no “da” que acaba num “ssss” prolongado, uma explosão de consoantes. “Ffffoodddddda-sss!” (…) Está a gritar com o filho que está de pé ao seu lado, uns dois anos de idade, grande chucha na boca (…)» (Crónica de José Vítor Malheiros no Público de hoje).

Para conduzirmos um carro tiramos a carta. Para exercer uma profissão tiramos um curso. Para ter (não para fazer) filhos, népia. Só mesmo os candidatos à adopção é que vêem as suas capacidades parentais avaliadas…


in Os Tempos Que Correm