quarta-feira, 10 de junho de 2009

A essência portuguesa

Não entendo esta característica portuguesa de absoluta devoção à praia. Não é gosto, não é paixão, é devoção cega e ilimitada. De Junho a Setembro é impensável fazer-se algo que não seja ir à praia sempre que se tem um mínimo de 30 minutos livres. Não interessa se está calor, se o céu está carregado de nuvens cinzentas ou se o vento se aproxima de vendaval. É a altura oficial de ir à praia portanto vai-se para a praia, ponto. E quando pessoas como eu optam por não ir à praia porque está frio ou vento ou simplesmente porque não apetece, somos olhados de lado, com um esgar que mais parece um atestado de estupidez. Fico sempre a achar que, aquando do olhar, devia automaticamente auto-flagelar-me enquanto despejava pela cabeça abaixo um frasco inteiro de Urucum, abria os braços a la Jesus Cristo e rodava todo o dia estilo frango no espeto. É isso?