sexta-feira, 27 de outubro de 2006

vida nova

Como boa Caranguejo (“Você é solitário, defensivo e compreensivo com os problemas das outras pessoas, o que faz de você um maluco. Você acha-se azarado e mal amado. A sua compaixão, sensibilidade e emotividade fazem do homem de caranguejo um belo de um paneleiro. Os caranguejos são óptimos cabeleireiros, melhores amigas e leitores de romances.”) que sou, o meu humor varia mais ou menos assim como um sismógrafo. Nem sequer é preciso haver uma explicação minimamente lógica, muito menos específica, para que isso aconteça. É assim e pronto.
Portanto não decepcionando as expectativas de todos os crentes que anualmente enviam o cheque ao senhor Paulo Cardoso de forma a saberem o que o novo ano lhes espera (embora nunca se venha a saber se a previsão se concretizou, mas isso agora são outros 500…), e apesar de a maré menos boa que tem banhado a minha (e não só) vida ainda não ter vazado, decidi espevitar.
Ora nos últimos tempos, em vez de estar ao computador a escrever para o blog, tenho tido outras coisas com que me entreter. A saber:
- recebi (carinhosamente, aposto) duas cartinhas da Emel via vidro da frente do carro, às quais vou delicadamente responder dizendo que se querem roubar podem ir fazê-lo para a P.Q.O.P. e que, já agora, pelo caminho podem dar uma espreitadela ao Código da Estrada (esse “Manual do Demo”, como parece que lhe chamam os ex-verdinhos, agora cinzentinhos-com-uma-listinha-vermelhinha);
- tenho posto a minha perspicácia à prova na dedução de sinónimos como fotocópia=raio X, caracol=relógio, fralda=pano, coiso=comprimido, coiso=pão, coiso=balde, etc.
- acordei às 9h num dia em que não tinha nada obrigatório para fazer e comecei por dar banho a uma pessoa, lavar o chão da cozinha e do quarto e lavar uma casa de banho inteira. Habitualmente seria o suficiente para me fazer queixar todo o dia, mas confesso que foi, de algum (estranho) modo, “refrescante”. Não posso no entanto deixar de referir a pele seca nas mãos, as unhas claramente enfraquecidas e uma ligeira moínha (adoro esta expressão, principalmente quando dita a preceito, entenda-se: prolongar o “i”, inclinar ligeiramente a cabeça para o lado direito ao mesmo tempo que se eleva ligeiramente o ombro direito e se franze toda a cara) nas costas.
Também tenho pensado, planeado e divagado bastante, mas isso não se inclui na lista de tão banal e habitual que me é.


Pois bem… estou de volta!