Os meus fiéis seguidores (porque estou certa que os há.. algures.. deve haver.. pois..) devem ter estranhado a ausência, mas, exactamente para quebrar o jejum, hoje fui a mais um desses estabelecimentos de serviços públicos. E, claro está, deu desgraça!
Ora perde uma pessoa o seu precioso tempo (tempo é dinheiro e não há almoços grátis, lembrem-se sempre!) para ir tratar de uma porcaria insignificante ao Banco (porque eles não têm o discernimento de facilitar a vida a toda a gente e simplesmente enviar os dados para casa, como fazem com a porcaria da publicidade) e ainda sai de lá com mais um contributo para o já expressivo número de cabelos brancos na sua pouco farta cabeleira (e estamos a falar de uma jovem de 20 e poucos anos hein!).
Desta vez a coisa até não começou mal: fui tirar a minha senha (A – Caixa) e saiu-me o 28. Não deu prémio mas a boa notícia é que o atendimento ia no número 25. “Três números não são nada!” disse eu de mim para mim mesma, relembrando as anteriores experiências de tirar o número 105 e ainda ir no 48 (e o pior é que isto é mesmo verídico!). Na onda do optimismo nem sequer me sentei porque calculei estar fora dali em escassos 10 a 15 minutos, no máximo. Pois foram 10, 15, 20 e a contagem ainda ia no (agora odiado) 25. Há 6 (seis) balcões de atendimento, dos quais apenas 3 (três) tinham funcionários a atender. Desses três, só o A – Caixa tinha fila de espera (já nas dezenas), enquanto os outros dois iam despachando as pessoas à medida que elas chegavam.
Pois que o balcão B – Informações fica sem um único cliente para atender. E o que é que o jovem recém-contratado-ainda-a-dar-graxa-aos-superiores-e-a-querer-mostrar-que-é-uma-simpatia-para-os-velhinhos faz? Alguém disse “Vai ajudar a colega a despachar as pessoas que estão a angustiar na longa espera do balcão A”? Claro que não! Vai lá para trás, para uma amena cavaqueira com a coleguinha, pasme-se, também desocupada!
Já sentada e na minha habitual tendência para observar esse bicho estranho que é o ser humano e que insiste em rodear-me, lá chega a minha vez. Chego ao balcão com um sorriso, dou os bons dias e digo o que quero. Resposta: “ah.. mas isso não é aqui.. é no B..” … Segue-se um olhar de “’tás a gozar comigo, não?!” ao que levo um olhar de “não amiga.. vá.. faz-te lá à vida..”. *longa pausa para manter o nível de educação e civismo que os meus pais me incutiram*
Lixada (para não usar the F word) vou tirar (yet again) uma senha, pensando novamente de mim para comigo “Bem, ao menos este balcão está sempre a andar.. não vai ser longa a espera..”. E sim, tiro o 34 e vai no 31. Porreiro.. … porreiro o tanas! Qual é a probabilidade de em três senhas apenas apanhar com duas pessoas acima dos 60 anos que não percebem rigorosamente nada do que lhes é explicado (e estou a falar por exemplo da palavra “anuidade”, que ele depois de algum tempo lá percebeu que teria qualquer coisa a ver com o período de um ano) e ainda teimam em repetir a mesma conversa vezes sem conta (“Ah paga-se 65€ por ano?! Ah então não quero o cartão.. nah nah.. eu é um cartão que me dê dinheiro.. ah.. agora pagar.. nah.. isso é quase.. é uns doze contos e tal.. nah.. não quero não.. paga-se pelo cartão.. eu quero é um para dar dinheiro.. agora para pagar.. nah.. 65€ por ano.. nah..”)?
Muito stress contido depois (e minutos.. vários), eis que chega a minha vez e despacho-me em dois a três minutos. E assim se perde praticamente uma manhã.. e alguma saúde.
quinta-feira, 16 de março de 2006
Inês vai ao Banco (procura-se Anita, a substituta)
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Adorei a descrição :-) sim, já tinha sentido a falar :-P
Oh Inês... Bem sei o que isso é... É por isso que aderi à caixadirecta online! Rápido, fácil e (melhor de tudo) económico!! ;)
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